Entenda se sua autoestima está saudável e como você pode obter mais autoconfiança com a prática de atividade física!
Você tem problemas de autoestima? Ela é a visão que temos de nós mesmos, sobre valor, talento, capacidade, autoaceitação e amor-próprio. Esse atributo é muito importante para a qualidade de vida, pois afeta diretamente o bem-estar. Ter uma visão inadequada sobre si pode desencadear doenças como ansiedade, estresse, prejudicar relações sociais e até levar a comportamentos de auto sabotagem.
“(…) a autoestima é um constructo multidimensional, que reflete todos os sentimentos de autovalor relativos ao comportamento, aparência física, inteligência, com o Eu emocional e o Eu social.” (Rosenberg & Simmons citado em Oliveira).
Uma pessoa com baixa autoestima não consegue reconhecer seus méritos e não se sente capaz de realizar coisas boas. O problema vai além da insegurança, se manifesta como uma constante sensação de insuficiência e inferioridade. Veja algumas características comuns que prejudicam a vida de uma pessoa nessa condição:
- Não acredita ser inteligente, interessante, ou talentoso, mas vê-se inferior a todos.
- É pessimista, tem medo de arriscar, por crer que não conseguirá. Também não se esforça por não acreditar nos resultados.
- Sente-se julgado todo o tempo.
- Tem dificuldade em tomar decisões por medo de errar e busca aprovação para qualquer tarefa.
- Tem dificuldade em aceitar críticas e reconhecer os próprios erros.
- Sofre com sentimentos de culpa ou acaba a depositando nos outros.
- Tem dificuldade em reconhecer e expressar sentimentos. Costuma ser mais tímido, isolado e evita tomar a iniciativa.
- Pode sofrer com ansiedade e estresse.
Segundo estudos do psiquiatra e neurocientista Diogo Lara e pesquisadores da PUCRS, há quatro tipos de autoestima: baixa, alta, frágil e equilibrada. A baixa, como já descrito, leva a uma visão inferior de si, evitando riscos e se fechando. Já quem sofre com Autoestima Frágil, ao não reconhecer seu real valor, tende a se expor e cultuar uma imagem construída de si, sempre em busca de aprovação. Na alta, a pessoa se vê superior aos demais, pode ter atitudes arrogantes, autoritárias e até narcisistas. O saudável é ter uma Autoestima Equilibrada, que segundo Lara, está associado a autoaceitação, autoeficácia, autenticidade, autoempatia, autorrespeito e, principalmente, autoconhecimento.
“Essas pessoas conseguem manter uma boa relação consigo mesmas, não buscam a perfeição e não querem ser mais do que os outros. Elas reconhecem suas qualidades, mas não se exaltam com elas e ainda não negam seus defeitos, trabalhando com eles dentro do possível.”
Para resolver este problema não há uma fórmula mágica que funcione para todo mundo, é necessário buscar o autoconhecimento e regular a visão de si. Isso não é uma tarefa fácil, pois exige muita coragem para sair da zona de conforto e autoproteção. Buscar Terapia pode ajudar muito a tratar as origens das inseguranças e o problema de construção da forma de se enxergar. Há também linhas de psicologia e até coaches que ajudam a trabalhar esta visão de uma forma mais orientada para a ação e mudança de comportamento.
Além da busca pelo autoconhecimento, sabe o que pode ajudar? A atividade física!
Como a Atividade Física Melhora a Autoestima?
A atividade física ajuda muito na melhora da autoestima, não se limitando à visão estética, mas ajudando a transformar a mentalidade.
De fato, possuir melhores condições físicas, uma vida mais saudável e um corpo que agrada à sua própria expectativa estética contribui muito para uma visão otimista de si. Nos aspectos mentais, especialistas mostram que indivíduos que praticam exercício físico apresentam níveis mais positivos de autoestima global quando comparados com indivíduos que não praticam. Segundo Weiss (1987), a prática do exercício leva a pessoa a se confrontar com desafios físicos e psicológicos, e ao ultrapassá-los com sucesso, acontece uma mudança em relação à autoimagem.
Por meio da prática da atividade física, são desenvolvidas competências, habilidades, estratégias, melhora da disciplina, aumento da disposição, sensação de bem-estar, realização e até motivação, que não ficam restritas ao momento do exercício, mas se expandem para a vida, trazendo transformações significativas de pensamento e comportamento.
Descubra como desenvolver bons hábitos e superar limites com a natação.
O “Mágico” Reflexo da Água
Conquistar uma habilidade física exige um esforço integrado da mente e do corpo. Quando você faz aulas de natação, por exemplo, aprender uma nova técnica exige observação, compreensão e projeção do movimento. Em seguida, é necessário um grande nível de concentração e domínio corporal para reproduzir movimentos que seu corpo não está habituado, portanto, não tinha consciência de que podia executar. O esforço pelo domínio e aperfeiçoamento da técnica mostra ao corpo e à mente que você é capaz de realizar coisas novas, evoluir e se superar.
A natação regular ainda é capaz de aprimorar a memória e o raciocínio, pois o aumento da capacidade cardiorrespiratória promove melhor oxigenação no cérebro. O condicionamento físico também tem ótimos ganhos em força muscular, resistência e flexibilidade. Para melhorar, enquanto você nada, há uma descarga de substâncias no cérebro que estimulam o humor e prazer; ao mesmo tempo, a água aquecida relaxa a musculatura, aliviando a tensão e o estresse. São muitas maravilhas numa atividade só, não é?
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Por fim, fica uma dica: se você tem baixa autoestima e ela tentar te sabotar para começar ou persistir numa atividade física, não dê ouvidos!